quinta-feira, 22 de março de 2012

Carta escrita por Petter Skiflen para Lola Kisfinger. 1982, Sábado.





Eu, você, nós, juntos. Engraçado como essas palavras conseguem ter um sentido irônico para nós, não é? Dizíamos ter um relacionamento tão sério, tão intenso, enquanto só existia mentiras. Nosso amor era uma mentira, uma farça. Não nos amávamos pequena, sabe aquilo que dizíamos sentir? Era apenas atração. Nunca foi amor e se foi, acabou rapído demais. Eu nascir para ser sozinho, você provavelmente também. Acabou. E desculpe-me se eu não conseguir ser o cara que você dizia sonhar; o cara perfeito para você. É pequena, não sou perfeito como você pensou. Não sou aquele cara dos teus sonhos, aqueles que assistem filme romântico de mão dadas e que dizem um eu te amo a cada cinco minutos. Desculpe-me, mas não sou e nunca vou ser, pelo menos não agora. Então, eu espero que tu encontre alguém pequena. Espero mesmo. Quero que tu seja bastante feliz, com qualquer um que não seja eu; mas com alguém que faça teu sonho se realizar. A saudades de você bate a minha porta. Não queria está tão distânte de você, sabe? Poderíamos nos encontrar? Por o papo em dia, entende? Acabamos a nossa realação, mas isso não quer dizer que a amizade também precisa ser terminada. É até engraçado, sabe? Saber que a pessoa que ontem eu chamava de amor, hoje não passa de uma conhecida.
Do seu ex-namorado e agora conhecido, Petter.


@behdenardi

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