sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Falam para esquecer, como se fosse uma coisa bem simples.




-Queria ser assim, como você.
– Como eu?
– É. Meio fria, meio amarga.
– Decepções, jovem. Decepções.
– Elas te fizeram assim?
– Talvez.
– Mudou porque quis?
– Foi necessário, menina.
– Se arrepende?
– De ter mudado? Não.
– Os outros não reclamam?
– Sim. Eles perderam seu brinquedinho; era meu coração.
– Pegou de volta?
– Deixei de ter.




@behdenardi

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