quarta-feira, 20 de junho de 2012

E falou baixinho: Por favor, dessa vez fica.





— Ah, seu ridículo, eu te odeio.
— Ah, sua linda, eu te amo.
— Pára. Eu to com raiva de você.
— Tá nada… Tudo charminho, eu sei que no fundo você está doida por um beijo meu.
— Ih, olha só que convencido.
— Realista, meu amor.
— “Meu amor” soa tão irônico, af, você é um idiota mesmo.
— Sou o teu idiota.
— Sim, o meu idiota. 
— É.
— Estamos juntos?
— Já falei que estamos.
— Hoje?
— Hoje, amanhã, depois de amanhã, semana que vem, mês que vem, ano que vem…
(Ela faz sinal de silêncio com o dedo)
— Pra sempre.
— Sim, pra sempre, pra sempre juntos.
— Até quando eu te chamar de idiota e falar que te odeio?
— Até quando você quiser me colocar pra dormir junto com o cachorro no quintal. Eu vou aturar todas as suas bobeiras. Vou entender suas esquisitices, vou aprender que quando fomos sair, tenho que me arrumar só depois que você já estiver pronta, porquê eu sou muito mais rápido pra isso. Vou te acordar com beijos, mesmo sabendo que você vai reclamar e falar que está com bafo de sono. Vou te pegar no colo e te carregar pela casa igual um bebezinho. Vou te fazer cocegas e depois sair correndo pela casa, sabendo que se você me pegar vai me bater e depois me beijar. Ou melhor, eu vou te beijar, eu sempre beijo. Eu vou te completar, amor. Agora e pra sempre. Do jeito que você sempre sonhou. Não vou ser sempre perfeito, mas vou tentar ao máximo isso, tá?




@behdenardi

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